sábado, 29 de agosto de 2009

HÓSTIA - o que esta palavra lhe sugere?


Certa vez, pensando sobre o “Sacramento da Caridade”, me fiz a seguinte pergunta: Por que será que costumamos associar “eucaristia” com “hóstia”. Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em procissão (na festa de Corpus Christi), guardar a hóstia... Uma criança chegou certa vez para a catequista e perguntou: “Tia, quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?” (Referia-se à primeira comunhão).
Tive então a idéia de ir atrás da origem da palavra “hóstia”. Corri para um dicionário (aliás, vários), e me dei conta que esta palavra vem do latim. Descobri que, em latim, “hóstia” é praticamente sinônimo de “vítima”. Ao animal sacrificado em honra dos deuses, à vítima oferecida em sacrifício à divindade, os romanos (que falavam latim) chamavam de “hóstia”. Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão inimiga, defendendo o imperador e a pátria, chamavam de “hóstia”.
Ligada à palavra “hóstia” está a palavra latina “hóstis”, que significa: “o inimigo”. Daí vem a palavra “hostil” (agressivo, ameaçador, inimigo), “hostilizar” (agredir, provocar, ameaçar). E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma “hóstia”.
Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contato com a cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra “hóstia”, exatamente para referir-se à maior “vítima” fatal da agressão humana: Cristo morto e ressuscitado. Os cristãos adotaram a palavra “hóstia” para referir-se ao Cordeiro imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial eucarístico.
A palavra “hóstia” passa, pois, a significar a realidade que Cristo mesmo mostrou naquela ceia derradeira: “Isto é o meu corpo entregue... o meu sangue derramado”. O pão consagrado, portanto, é uma “hóstia”, aliás, a “hóstia” verdadeira, isto é, o próprio Corpo do ressuscitado, uma vez mortalmente agredido pela maldade humana, e agora vivo entre nós feito pão e vinho, entregue para ser comida e bebida: Tomai e comei..., tomai e bebei...
Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito este sentido profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra “hóstia” na liturgia do cristianismo romano primitivo, e se fixou quase que só na materialidade da “partícula circular de massa de pão ázimo que é consagrada na missa”. A tal ponto de acabamos por chamar de “hóstia” até mesmo as partículas ainda não consagradas!
Hoje, quando falo em “hóstia”, penso na “vítima pascal”, penso na morte de Cristo e sua ressurreição, penso no mistério pascal. Hóstia para mim é isto: a morte do Senhor e sua ressurreição, sua total entrega por nós, presente no pão e no vinho consagrados. Por isso que, após a invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho e a narração da última ceia do Senhor, na missa, toda a assembléia canta: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”.
Diante desta “hóstia”, isto é, diante deste mistério, a gente se inclina em profunda reverência, se ajoelha e mergulha em profunda contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido “como hóstia viva, santa, agradável a Deus” (Rm 12,1). Adorar a “hóstia” significa render-se ao seu mistério para vivê-lo no dia-a-dia. E comungar a “hóstia” significa assimilar o seu mistério na totalidade do nosso ser para se tornar o que Cristo é: entrega de si a serviço dos irmãos, hóstia.
E agora entendo melhor quando o Concílio Vaticano II, ao exortar para a participação consciente, piedosa e ativa no “sacrossanto mistério da eucaristia”, completa: “E aprendam a oferecer-se a si próprios (grifo nosso) oferecendo a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele e, assim, tendo a Cristo como Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos” (SC 48).

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O CANTO DE ABERTURA DA MISSA - Para acolher o celebrante?

A missa está para começar. A hora chegou. O sino tocou. Todos se acomodaram no recinto sagrado. Tudo arrumado. Instrumentos musicais afinados. Concentração geral. O presidente da celebração, ladeado pelos demais ministros e ministras (diácono, acólitos, leitores, ministros da comunhão eucarística, portador da cruz processional, portadores de velas etc.), à porta principal da igreja, prontos para a procissão de entrada. De repente, ouve-se o convite do(a) comentarista: “Irmãos e irmãs, vamos acolher com alegria o nosso celebrante [às vezes até se diz o nome dele] e os ministros com o canto de entrada”.
Ouvindo certa vez este convite, pensei em pesquisar sobre a finalidade do canto de abertura da celebração. E isso com base numa dúvida que me surgiu na cabeça: Será que a finalidade do canto de entrada é mesmo a de acolher o celebrante e seus ministros?
Olhando a Instrução Geral sobre o Missal Romano, fui descobrir que esse canto faz parte dos ritos iniciais da celebração. E qual é a finalidade destes ritos? É “fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia” (n. 46). Em seguida se diz: “Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto de entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros (grifo meu)” (n. 47).
Reparem bem a finalidade do canto de abertura: abrir a celebração, promover a união da assembléia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros. Isso por quê? Porque esse canto faz parte dos ritos iniciais. Assim sendo, ele visa contribuir (também) para que “os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia”.
E vejam como nosso irmão músico e teólogo liturgista Frei Joaquim Fonseca explicita em outras palavras o que vimos há pouco. Escreve ele: O canto de abertura “tem como principal finalidade constituir e congregar a assembléia, introduzindo-a no mistério que será celebrado. Se este canto estiver devidamente integrado ao momento ritual (dos ritos iniciais), em consonância com o tempo do ano litúrgico, com o tipo de celebração, com as características da assembléia..., ele cumprirá sua função de reunir os irmãos e irmãos no mesmo sentir. A assembléia assim reunida é sinal sacramental da Igreja, corpo místico de Cristo, e estará preparada para escutar a palavra e para participar da mesa eucarística” (Cantando a missa e o ofício divino, São Paulo, Paulus, p. 15).
Em outras palavras, poderíamos então dizer: O canto de abertura visa no fundo levar-nos a fazer a experiência de sermos um Povo convocado e reunido pelo próprio Deus em sua casa e, aí, sentirmo-nos de fato assembléia do Senhor, povo sacerdotal, corpo de Cristo... Que coisa linda e maravilhosa!
E aí eu chego à conclusão: Dizer que o canto de abertura tem como função simplesmente “acolher” o celebrante (o sacerdote) e seus ministros, é muito pouco. Pouco demais. E até empobrece o seu verdadeiro sentido. Esse canto não existe para “acolher” sacerdote e seus ministros mas, no fundo, para nos levar a sentir que todos (inclusive o sacerdote e os ministros) somos acolhidos: Acolhidos por Deus!... Leva-nos a nos sentir congregados por Deus como seu Povo e unidos pelo Espírito como corpo de Cristo para a escuta atenta da Palavra e a celebração digna da Eucaristia. É toda a assembléia que deve sentir-se acolhida e unida, no embalo do canto de abertura que acompanha a ação ritual da procissão de entrada.


Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:

1. Como se costuma anunciar e motivar o canto de abertura da missa em sua comunidade?
2. Qual a função e a finalidade do canto de abertura na missa?
3. A Igreja nos ensina que o canto de abertura tem como uma das funções “acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros”. Note-se que não se fala em “acolher” o sacerdote e os ministros. Por que será?
4. Quem é “acolhido” com o canto de abertura na missa?
5. Qual a conclusão que você tira a partir desta reflexão?



sábado, 22 de agosto de 2009

Cantos - Missas do mês de setembro

XXIII Domingo do Tempo Comum

1. ENTRADA (CD Liturgia VII, faixa 11)
Ref.: Deus, nosso Pai Protetor,Dá-nos hoje um sinal de tua graça!Por teu ungido, ó Senhor,Estejamos pra sempre em tua casa!
1. Ó Senhor, põe teu ouvidoBem aqui, pra me escutar.Infeliz eu sou e pobre,Vem depressa me ajudar!Teu amigo eu sou, tu sabes,Só em ti vou confiar.
3. Tu és bom e compassivoE a quem pede, dás perdão.Dá ouvido a meus pedidos:Meu lamento é oração.Na hora amarga eu te procuro,Sei que não te chamo em vão.
2. Compaixão de mim, Senhor!Eu te chamo, noite e dia.Vem me dar força e coragemE aumentar minha alegria.Eu te faço minha prece,Pois minhalma em ti confia.
4. Não existe nenhum Deus,Para contigo se igualar,Nem no mundo existe nadaQue se possa compararÀs belezas que na terraTeu amor soube criar.

2. ACLAMAÇÃO (CD Liturgia VI, melodia da faixa 10)
Aleluia, aleluia,/ Aleluia, aleluia,/ Aleluia, aleluia,/ Aleluia, aleluia! (bis).
Tanta coisa boa fez/ e bem feito ele fez tudo:/ fez os surdos escutarem,/ ele fez falar o mudo!

3. OFERTÓRIO (CD Liturgia VII, faixa 4)
1. As mesmas mãos que plantaram a semente aqui estão. O mesmo pão que a mulher preparou aqui está. O vinho novo que a uva sangrou jorrará no nosso altar.!
A liberdade haverá, a igualdade haverá e nesta festa onde a gente é irmão o Deus da vida se faz comunhão! (bis)
2. Na flor do altar o sonho da paz mundial. A luz acesa é fé que palpita hoje em nós do livro aberto o amor se derrama total no nosso altar!
3. Benditos sejam os frutos da terra de Deus, benditos sejam o trabalho e a nossa união. Bendito seja Jesus que conosco estará além do altar!

4. COMUNHÃO (CD Liturgia IX, faixa 11, exceto o refrão)
Todas as coisas bem * fez o Senhor Jesus, * ouvir os surdos fez, dos cegos foi a luz; * os mudos fez falar Cristo Jesus.
1. Meu coração penetras * e lês meus pensamentos. * Se luto ou se descanso, * tu vês meus movi­mentos. * De todas as minhas palavras * tu tens conhecimento.
2. Quisesse eu me esconder * do teu imenso olhar, * subir até o céu, * na terra me entranhar, * atrás do horizonte, * lá, iria te encontrar!
3. Por trás e pela frente, * teu ser me envolve e cerca. * O teu saber me encanta, * Me excede e me supera. * Tua mão me acompanha, * me guia e me acoberta.
4. Se a luz do sol se fosse, * Que escuridão seria!... * Se as trevas me envolvessem, * o que adiantaria?... * Pra ti, Senhor, a noite * é clara como o dia!
5 As fibras do meu corpo * teceste e entrançaste. * No seio de minha mãe * bem cedo me formaste. * Melhor do que ninguém * me conheceste e amaste!
6. Teus planos insondáveis! * Sem fim, tuas maravilhas! * Contá-las eu quisera, * mas quem o poderia?... * Como da praia a areia, * só tu as saberias?
7. Que os maus da terra sumam, * pereçam os violentos, * que tramam contra ti, * com vergonhoso intento, * abusam do teu nome * para seus planos sangrentos.
8. Mas vê meu coração * e minha angústia sente! * Olha, Senhor, meus passos, * se vou erradamente! * Me bota no caminho * da vida para sempre!


XXIV Domingo do Tempo Comum

1. ENTRADA (CD Liturgia VII, faixa 9)
Senhor, escuta as preces do servo teu, do povo teu eleito e bem amado; dá paz aos que em ti crêem e verdadeiros teus mensageiros se achem comprovados!
1. Quem confia no Senhor, é qual monte de Sião: não tem medo, não se abala, está bem firme no seu chão.
2. As montanhas rodeiam a feliz Jerusalém. O Senhor cerca seu povo, para não temer ninguém.
3. A mão dura dos malvados não esmague as criaturas, para os justos não mancharem suas mãos em aventuras.
4. Venha a paz para o teu povo, o teu povo de Israel. Venha a paz para o teu povo, pois tu és um Deus fiel.

2. ACLAMAÇÃO (CD VI, melodia da faixa 10)
Aleluia, Aleluia, * Aleluia, Aleluia (bis)
Eu de nada me glorio, * a não ser, da cruz de Cristo; * vejo o mundo em cruz pregado * e pro mundo em cruz me avisto!

3. OFERTÓRIO (Igual ao do XXIII Domingo)

4. COMUNHÃO (CD Liturgia IX, faixa 11)
Se alguém me quer seguir, * a si tem que negar, * tomar a cruz e vir * comigo a caminhar... * se alguém me quer seguir, * a cruz tomar!
1. Meu coração penetras * e lês meus pensamentos. * Se luto ou se descanso, * tu vês meus movimentos. * De todas as minhas palavras * tu tens conhecimento.
2. Quisesse eu me esconder * do teu imenso olhar, * subir até o céu, * na terra me entranhar, * atrás do horizonte, * lá, iria te encontrar!
3. Por trás e pela frente, * teu ser me envolve e cerca. * O teu saber me encanta, * Me excede e me supera. * Tua mão me acompanha, * me guia e me acoberta.
4. Se a luz do sol se fosse, * Que escuridão seria!... * Se as trevas me envolvessem, * o que adiantaria?... * Pra ti, Senhor, a noite * é clara como o dia!
5 As fibras do meu corpo * teceste e entrançaste. * No seio de minha mãe * bem cedo me formaste. * Melhor do que ninguém * me conheceste e amaste!
6. Teus planos insondáveis! * Sem fim, tuas maravilhas! * Contá-las eu quisera, * mas quem o poderia?... * Como da praia a areia, * só tu as saberias?
7. Que os maus da terra sumam, * pereçam os violentos, * que tramam contra ti, * com vergonhoso intento, * abusam do teu nome * para seus planos sangrentos.
8. Mas vê meu coração * e minha angústia sente! * Olha, Senhor, meus passos, * se vou erradamente! * Me bota no caminho * da vida para sempre!


XXV Domingo do Tempo Comum

1. ENTRADA (Igual a do XXIV Domingo)

2. ACLAMAÇÃO (CD Liturgia VI, melodia da faixa 10)
Aleluia, Aleluia, * Aleluia, Aleluia (bis)
Eu te louvo, ó Pai Santo * Deus do céu, Senhor da terra: * os mistérios do teu reino aos pequenos, * Pai, revelas!

3. OFERTÓRIO (Igual ao do XXIII Domingo)

4. COMUNHÃO (CD Liturgia IX, faixa 11)
Primeiro quem será? * o último há de ser... * A todos vai servir, * Jesus nos vem dizer... * Primeiro há de ser, * quem mais servir!
1. Meu coração penetras * e lês meus pensamentos. * Se luto ou se descanso, * tu vês meus movimentos. * De todas as minhas palavras * tu tens conhecimento.
2. Quisesse eu me esconder * do teu imenso olhar, * subir até o céu, * na terra me entranhar, * atrás do horizonte, * lá, iria te encontrar!
3. Por trás e pela frente, * teu ser me envolve e cerca. * O teu saber me encanta, * Me excede e me supera. * Tua mão me acompanha, * me guia e me acoberta.
4. Se a luz do sol se fosse, * Que escuridão seria!... * Se as trevas me envolvessem, * o que adiantaria?... * Pra ti, Senhor, a noite * é clara como o dia!
5 As fibras do meu corpo * teceste e entrançaste. * No seio de minha mãe * bem cedo me formaste. * Melhor do que ninguém * me conheceste e amaste!
6. Teus planos insondáveis! * Sem fim, tuas maravilhas! * Contá-las eu quisera, * mas quem o poderia?... * Como da praia a areia, * só tu as saberias?


XXVI Domingo do Tempo Comum

1. ENTRADA (Igual a do XXIV Domingo)

2. ACLAMAÇÃO (CD Liturgia VI, melodia da faixa 10)
Aleluia, Aleluia, * Aleluia, Aleluia (bis)
Tua palavra é verdade, orienta e dá vigor; na verdade santifica o teu povo, ó Senhor!

3. OFERTÓRIO (Igual ao do XXIII Domingo)

4. COMUNHÃO (CD Liturgia IX, faixa 13)
É melhor, com apenas um olho, * dar entrada no reino de Deus, * do que ter os dois olhos perfeitos * e do reino da morte ser réu!
1. Louvai, ó servos do Senhor, louvai, * ao nome santo do Senhor cantai! * Agora e para sempre é celebrado, * desde o nascer ao pôr do sol louvado.
2. Acima das nações domina Deus, * sua glória é maior que nos altos céus. * Ninguém igual a Deus, que das alturas * se inclina, para olhar as criaturas.
3. Do chão levanta o fraco humilhado * e tira da miséria o rejeitado. * Faz deles com os grandes uma família, * da estéril, mãe feliz de filhos.
4. Louvado seja o Pai, Deus criador, * louvado seja o Filho, redentor! * Louvado seja o Espírito de Amor * Três vezes santo, altíssimo Senhor!


AS MÚSCICAS PROPOSTAS, PODEM SER ENCONTRADAS NESTE SITE: http://musicasliturgicas.multiply.com/

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sagrado Coração de Jesus - 19 de Junho


Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35).
Na Idade Média começaram a considera-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande,Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.).
No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração.
Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja.
Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas.
O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo.
A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773).Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião".
A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.
Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).
E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).
O CORAÇÃO DE JESUS NA LITURGIA
A liturgia é o culto público, quer dizer, os atos sagrados que por instituição de Cristo ou da Igreja, em seu nome, são realizados seguindo os livros litúrgicos oficiais.
Evidentemente refletem de modo autêntico o sentir e a fé da Igreja. Na liturgia são verificados especialmente a potestade de magistério. Quando o magistério propõe aos fiéis como devem render culto a Deus, tem uma particular assistência do Espírito Santo para não equivocar-se e oferecer um caminho certo e seguro de santificação, já que se trata da mais importante finalidade da Igreja.
Onde principalmente se ensina aos fiéis a doutrina e a vida cristã, é na Missa. Pois, bem, o culto público ao Sagrado Coração, foi canonizado em 1765 por Clemente XIII, ao introduzir sua festa litúrgica, com Missa e ofícios próprios.
Este ensinamento, mediante a liturgia, é dada pela Igreja com frases suas ou com frases tomadas da Escritura (quer em seu sentido próprio, quer em seu sentido ajustado). Nas recentes modificações introduzidas com novas leituras e o evangelho na nova missa do Sagrado Coração , o tema bíblico dominante é o do amor a Cristo que se apresenta como Bom Pastor.
A importância que a Igreja concede atualmente ao Sagrado Coração, esta sublinhada pela categoria de sua festa, solenidade de primeira classe, das quais há somente 14 ao ano no calendário universal.
Além disso, a festa de Cristo Rei, também solenidade de primeira classe, esta estreitamente unida à espiritualidade do Sagrado Coração. Pio XI declarou ao instituí-la que precisamente a Cristo é reconhecido como Rei, por famílias, cidades e nações, mediante a consagração a seu Coração. E determinou que em tal festa fosse renovado todos os anos a consagração do mundo ao Coração de Cristo.
Toda esta atitude litúrgica da Igreja tem a finalidade de estimular nossa prática cristã pondo especial interesse em celebrar sua festa: comungando, assimilando seus ensinamentos, utilizando as orações litúrgicas, a consagração, etc. Como dizia Pio XI na encíclica Quas primas: "As celebrações anuais da liturgia têm uma eficácia maior que os solenes documentos do magistérios para formar ao povo nas coisas da fé".

terça-feira, 9 de junho de 2009

Festa de Corpus Christi


A Festa de Corpus Christi é a celebração em que solenemente a Igreja comemora a instituição do Santíssimo Sacramento da Eucaristia; sendo o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às nossas ruas. Propriamente é a Quinta-feira Santa o dia da instituição, mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador não permite uma celebração festiva. Por isso, é na Festa de Corpus Christi que os fiéis agradecem e louvam a Deus pelo inestimável dom da Eucaristia, na qual o próprio Senhor se faz presente como alimento e remédio de nossa alma. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo.A Festa de Corpus Christi surgiu no séc. XIII, na diocese de Liège, na Bélgica, por iniciativa da freira Juliana de Mont Cornillon, (†1258) que recebia visões nas quais o próprio Jesus lhe pedia uma festa litúrgica anual em honra do sacramento da Eucaristia. Aconteceu, porém, que quando o padre Pedro de Praga, da Boêmia, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia. O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou a Procissão na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: “Corpus Christi”. Em 11 de agosto de 1264 o Papa emitiu a bula "Transiturus de mundo", onde prescreveu que na quinta-feira após a oitava de Pentecostes, fosse oficialmente celebrada a festa em honra do Corpo do Senhor. São Tomás de Aquino foi encarregado pelo Papa para compor o Ofício da celebração. O Papa era um arcediago de Liège e havia conhecido a Beata e percebido a luz sobrenatural que a iluminava e a sinceridade de seus apelos.Em 1290 foi construída a belíssima Catedral de Orvieto, em pedras pretas e brancas, chamada de "Lírio das Catedrais". Antes disso, em 1247, realizou-se a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, como festa diocesana, tornando-se depois uma festa litúrgica celebrada em toda a Bélgica, e depois, então, em toda o mundo no séc. XIV, quando o Papa Clemente V confirmou a Bula de Urbano IV, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas. A partir da oficialização, a Festa de Corpus Christi passou a ser celebrada todos os anos na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. A celebração normalmente tem início com a missa, seguida pela procissão pelas ruas da cidade, que se encerra com a bênção do Santíssimo. Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade. Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado. Começaram assim as grandes procissões eucarísticas e também o culto a Jesus Sacramentado foi incrementado no mundo todo através das adorações solenes, das visitas mais assíduas às Igrejas e da multiplicação das bênçãos com o Santíssimo no ostensório por entre cânticos cada vez mais admiráveis. Surgiram também os Congressos Eucarísticos, as Quarenta Horas de Adoração e inúmeras outras homenagens a Jesus na Eucaristia. Muitos se converteram e todo o mundo católico. O culto eucarístico não começou no século XIII, pois começou desde o Cenáculo, quando Jesus instituiu a sagrada Eucaristia. Mas faltava, porém, uma festa especial para agradecer ao "Prisioneiro dos Sacrários" esta presença inefável que o faz contemporâneo de todas as gerações cristãs. Era necessário, realmente, uma data distinta para que se manifestasse um culto especial ao Corpo e Sangue de Cristo, atraindo d’Ele novas graças e bênçãos para os que caminham neste mundo.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O "puxador de canto" e os músicos


Não como o pessoal de sua comunidade chama aquela pessoa que sustenta o canto durante as celebrações litúrgicas. Por isso, permita-me denominar esse personagem como “puxador de canto”. Aliás, nem seria muito aconselhável chama-lo de personagem, pois, tratando-se de um serviço litúrgico, a denominação mais correta seria a de um ministro da música. Se chamado assim ou de outro modo, creio que para início de conversa, nos entendemos.
Além do “puxador de canto”, vamos conversar também sobre os músicos que atuam na Liturgia. Aquele pessoal que sustenta o canto, que toca e faz a música acontecer durante a celebração litúrgica.


A arte de tocar e cantar a Liturgia
Animar a música durante uma celebração litúrgica requer arte e competência. Por isso, vamos dizendo, logo no início, que não é conveniente, e é falta de respeito para com uma ação litúrgica e com a assembléia presente, colocar qualquer pessoa para cantar ou fazer parte do ministério de música, o ideal é ter músicos experientes e cantores que dominem a arte de cantar.
Tocar com arte na Liturgia é, em primeiro lugar, ter consciência que se está prestando um serviço à comunidade através da música e não esquecer que, com seu instrumento musical e com sua voz, está celebrando e ajudando a celebrar o ato litúrgico.
Esses dois lembretes ajudam a entender uma coisa muito importante para quem exerce o ministério da música na Liturgia: não está cantando nem tocando por exibicionismo. Sua função é ajudar a assembléia a cantar e, através do canto, louvar, pedir perdão, rezar e salmodiar durante a celebração.
A arte de cantar e tocar na celebração tem um aspecto muito bonito. Os cantores dão o colorido à celebração. Se tocam e cantam bem, a celebração é bonita, gostosa. Se cantam mal, a celebração torna-se insuportável. Quando cantam bem, a gente tem pena quando acaba, mas, se ao contrário, cantam mal, o pessoal não vê a hora de acabar. Como se vê, e a experiência não desmente, a música é como que o termômetro da celebração. Um motivo a mais para que os cantores e tocadores sejam bons e afinados.
Um outro aspecto da arte de ser músico na Liturgia está no modo de tocar. Um grupo de rock, por exemplo, tem um jeito de tocar. Os pagodeiros tocam completamente diferentes. E mais diferente ainda toca o pessoal da MPB. Nenhum desses se compara ao grupo de músicos que atua na Liturgia. Estes têm um estilo próprio: o jeito de tocar e cantar na Liturgia. Se tocar como um conjunto de rock vai fazer muito barulho, o que não caracteriza a celebração litúrgica. O mesmo vale para as outras modalidades. Repito: o pessoal da música tem o seu jeito próprio de tocar nas ações litúrgicas. Nisso está a arte de saber tocar na Liturgia.


Os 30 pecados do músico na Liturgia

O jeito próprio de cantar na liturgia é o acompanhamento. O pessoal que toca deve saber tocar para ajudar o povo a cantar, acompanhar a assembléia litúrgica a cantar bem e sentir-se protagonista do canto. Ajudar a assembléia a rezar com a música, tanto ouvindo os instrumentos como cantando com os ministros da música. Serginho Valle, scj, Autor do Livro “Aprender a celebrar celebrando” e Pe. Joãozinho, scj, ministravam cursos e trabalhavam com o pessoal da pastoral litúrgica das comunidades, na Diocese de Taubaté. Pe. Joãozinho trabalhava com a parte musical. Antes de iniciar o curso, faziam uma pesquisa com os participantes, perguntando o que mais agradava e o que mais desagradava na Liturgia de suas comunidades. Era comum que a lista dos desagrados fosse sempre maior que a dos agrados. Foi assim, recolhendo esses dados da base, que Pe. Joãozinho elaborou uma lista dos “30 pecados do músico Litúrgico”. Posteriormente ele publicou essa lista no seu livro “Curso de Liturgia”.


1º. Fazer do altar um palco.

2º. Impor sempre o gosto pessoal.

3º. Cantar por cantar.

4º. “Só toco se for do meu jeito”.

5°. Ir sempre contra a idéia do Padre.

6°. Escolher sempre as mesmas músicas.

7°. Nunca sorrir.

8°. Usar instrumentos desafinados.

9º.Afinar o instrumento durante a missa.

10°. Tocar música de novela em casamento.

11º. Colocar letra religiosa em música da “parada”.

12º. Nunca estudar liturgia.

13º. Não prestar atenção na letra do canto.

14º. Não ler o Evangelho do dia, antes de escolher as músicas.

15º. Cantar forte demais no microfone.

16º. Volume dos instrumentos acima o volume das vozes.

17º. Grupo que canta tudo sozinho.

18º. Cantar só para se exibir.

19°. Distrair a assembléia.

20º. Não avisar ao padre as partes que serão cantadas.

21º. Nunca ensaiar novas canções.

22º. Ensaiar tudo antes da missa.

23º. Cantar músicas desconhecidas, do povo...

24º. Usar roupa bem extravagante, que chame a atenção.

25º. Fazer de conta que está num show de rock.

26º. Perder contato com a assembléia.

27º. Músicas fora da realidade.

28º. Fazer o máximo de barulho.

29º. Não ter vida interior.

30º. Repetir ao final de cada celebração: “Eu sou mesmo o melhor”.

As cinco virtudes do músico litúrgico
Para não ficar só no negativo, vão aí 5 virtudes dos músicos que ajudam a cantar bem na assembléia:

1º. Rezar com seu instrumento musical.

2º. Ajudar a assembléia através do canto.

3º. Cantar com o coração, porque pelo canto louva a Deus.

4º. Quer ver o povo cantar e esforça-se para isso.

5º. Colocar seus talentos e dons musicais a serviço da comunidade.

CONCLUSÃO
Nem sempre é fácil encontrar pessoas que cantem e toquem com arte nas celebrações. Quando isso não acontece, é preciso formá-las. É quando entra em ação a formação litúrgica, um trabalho a ser feito pela Equipe Litúrgica da Comunidade.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Santíssima Trindade


O Espírito Santo cujo advento celebramos no dia de Pentecostes veio nos recordar neste última parte do ano (do pentecostes ao advento, 6 meses). O dogma fundamental em torno do qual todo o cristianismo gravita é este da Santíssima Trindade, de quem tudo nos vem e a todos os que receberem o sinete do seu nome deve regressar. Depois de nos lembrar no decorrer do ano litúrgico o Pai Criador, o Filho Redentor e o Espírito Santificador e regenerador das almas, a Igreja recapitula hoje antes de mais os elementos fundamentais ao grande mistério em que adoramos a Deus uno em natureza e trino em pessoas.
O dogma da Santíssima Trindade aparece constantemente na Liturgia da Igreja. É em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo que se começa e acaba a missa, ofícios litúrgicos e os sacramentos. Todo salmo e fecham pelo Gloria patri.
Até o Século XII era comum representar o Pai por uma mão que saia das nuvens do céu a abençoar. Nos séculos XIII e XIV começou a aparecer a face e depois o busto inteiro. A partir do século XV começou o Pai a ser representado por um ancião usando vestes pontificais. Até o século XII a segunda pessoa da Santíssima Trindade era figurada com mais freqüência pela cruz ou pelo cordeiro, ou ainda por um jovem gracioso do jeito de Apolo do paganismo. A partir do século XV, a terceira da santíssima trindade, assume proporções de um homem, semelhante ao Pai e o Filho, somente com a pomba nas mãos ou na cabeça para distinguir das outras pessoas. Depois do século XVI a pomba volta a tomar o lugar exclusivo na representação do Espírito Santo.

sábado, 9 de maio de 2009

5º DOMINGO DA PÁSCOA


Anim. Irmãos e irmãs, neste domingo em que a imagem da vinha, cujo tronco é Jesus e nós, os ramos, nos apela para permanecermos em Cristo, viemos celebrar a Eucaristia, que é a forma privilegiada de nos mantermos no Senhor. Assim, acolhamos o amor do Pai, que é doado ao Filho, e do Filho, a nós, que somos seus discípulos-missionários. Rezemos pela peregrinação da Região Episcopal Ipiranga à Catedral da Se, no próximo domingo.

1. ABERTURA (HL 2 p.175) (CD X Fx1)
O Senhor ressurgiu, ale­luia, aleluia! É o Cordei­ro pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia! É o Cristo, Senhor, ele vive e venceu, ale­luia!
1. O Cristo Senhor ressuscitou, a nossa esperança realizou; vencida a morte para sempre, triunfa a vida eternamente!
2. O Cristo remiu a seus irmãos, ao Pai os conduziu por sua mão; no Espírito Santo, unida esteja a família de Deus, que é a Igreja!
3. O Cristo, nossa Páscoa, se imolou, seu sangue da morte nos livrou; incólumes o mar atraves­sa­mos, e à Terra Prometida cami­nha­mos!

2. SAUDAÇÃO
P. Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
T. Amém.
P. A graça e a paz de Deus, nosso Pai, e de Jesus Cristo, nosso Senhor, estejam convosco!
T. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.

3. ATO PENITENCIAL
P. Irmãos e irmãs, no dia em que celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, também nós somos convidados a morrer para o pecado e ressurgir para uma vida nova. Reconheçamo-nos necessitados da misericórdia do Pai.
(Silêncio)
P. Senhor, que sois o eterno sacerdote da nova Aliança, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
P. Cristo, que nos edificais como pedras vivas no templo santo de Deus, tende piedade de nós.
T. Cristo, tende piedade de nós.
P. Senhor, que nos tornais concidadãos dos santos no reino dos céus, tende piedade de nós.
T. Senhor, tende piedade de nós.
P. Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T. Amém.

4. HINO DE LOUVOR (CO 915)
1. Glória a Deus nos altos céus, paz na terra a seus amados, a vós louvam, Rei celeste, os que foram libertados.
Glória a Deus lá nos céus, e paz aos seus. Amém!
2. Deus e Pai, nós vos louvamos, adoramos, bendizemos; damos glória ao vosso nome, vossos dons agradecemos!
3. Senhor nosso, Jesus Cristo, Unigênito do Pai, vós de Deus Cordeiro santo, nossas culpas perdoai!
4. Vós que estais junto do Pai, como nosso intercessor, acolhei nossos pedidos, atendei nosso clamor!
5. Vós somente, sois o Santo, o Altíssimo, o Senhor, com o Espírito divino de Deus Pai no esplendor! Amém.

5. ORAÇÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que crêem no Cristo a liberdade verdadeira e a herança eterna. Por N.S.J.C.
T. Amém.
Anim. Para produzir frutos, o discípulo deve permanecer em Jesus como um ramo no tronco da videira. Da mesma forma, deve unir-se aos outros discípulos, que constituem a Igreja, como fez São Paulo, o grande missionário dos povos.
6. PRIMEIRA LEITURA (At 9,26-31)
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias,
26Saulo chegou a Jerusalém
e procurava juntar-se aos discípulos.
Mas todos tinham medo dele,
pois não acreditavam que ele fosse discípulo.
27Então Barnabé tomou Saulo consigo,
levou-o aos apóstolos
e contou-lhes como Saulo tinha visto o Senhor no caminho,
como o Senhor lhe havia falado
e como Saulo havia pregado,
em nome de Jesus, publicamente, na cidade de Damasco.
28Daí em diante, Saulo permaneceu com eles em Jerusalém
e pregava com firmeza em nome do Senhor.
29Falava também e discutia com os judeus de língua grega,
mas eles procuravam matá-lo.
30Quando ficaram sabendo disso,
os irmãos levaram Saulo para Cesaréia,
e dali o mandaram para Tarso.
31A Igreja, porém, vivia em paz
em toda a Judéia, Galiléia e Samaria.
Ela consolidava-se e progredia no temor do Senhor
e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo.
– Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.

7. SALMO RESPONSORIAL Sl 21(22)
(HL 2 p, 76 CD X fx8)
Sois meu louvor em meio à grande assembléia. * Anunciarei a todos vosso nome!
1. Sois meu louvor em meio à grande assembléia; * cumpro meus votos ante aqueles que vos temem. * Vossos pobres vão comer e saciar-se, * e os que procuram o Senhor o louvarão; * “seus corações tenham a vida para sempre!”
2. Lembrem-se disso os confins de toda a terra, * para que voltem ao Senhor e se convertam * e se prostrem, adorando, diante dele * todos os povos e as famílias das nações. * Somente a ele adorarão os poderosos * e os que voltam para o pó, o louvarão.
3. Para ele há de viver a minha alma, * toda a minha descendência há de servi-lo; * às futuras gerações anunciará * o poder e a justiça do Senhor; * ao povo novo que há de vir, ele dirá: * “Eis a obra que o Senhor realizou!”

8. SEGUNDA LEITURA (1Jo 3,18-24)
Leitura da Primeira Carta de São João
18Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca,
mas com ações e de verdade!
19Aí está o critério para saber que somos da verdade
e para sossegar diante dele o nosso coração,
20pois, se o nosso coração nos acusa,
Deus é maior que o nosso coração
e conhece todas as coisas.
21Caríssimos, se o nosso coração não nos acusa,
temos confiança diante de Deus.
22E qualquer coisa que pedimos recebemos dele,
porque guardamos os seus mandamentos
e fazemos o que é do seu agrado.
23Este é o seu mandamento:
que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo,
e nos amemos uns aos outros,
de acordo com o mandamento que ele nos deu.
24Quem guarda os seus mandamentos
permanece com Deus e Deus permanece com ele.
Que ele permanece conosco,
sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu.
- Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.

9. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
(CD X fx 3)
Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! * Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
Ficai em mim, e eu em vós hei de ficar, diz o Senhor; * quem em mim permanece, esse dá muito fruto.

10. EVANGELHO (Jo 15,1-8)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
T. Glória a vós, Senhor.
P. Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos:
1“Eu sou a videira verdadeira
e meu Pai é o agricultor.
2Todo ramo que em mim não dá fruto
ele o corta;
e todo ramo que dá fruto,
ele o limpa, para que dê mais fruto ainda.
3Vós já estais limpos
por causa da palavra que eu vos falei.
4Permanecei em mim
e eu permanecerei em vós.
Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo,
se não permanecer na videira,
assim também vós não podereis dar fruto,
se não permanecerdes em mim.
5Eu sou a videira
e vós os ramos.
Aquele que permaneceu em mim, e eu nele,
esse produz muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer.
6Quem não permanecer em mim,
será lançado fora como um ramo e secará.
Tais ramos são recolhidos,
lançados no fogo e queimados.
7Se permanecerdes em mim
e minhas palavras permanecerem em vós,
pedi o que quiserdes
e vos será dado.
8Nisto meu Pai é glorificado:
que deis muito fruto
e vos torneis meus discípulos”.
– Palavra da salvação.
T. Glória a vós, Senhor.

11. PROFISSÃO DE FÉ
P. Creio em Deus Pai todo-poderoso,
T. Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

12. ORAÇÃO DOS FIÉIS
P. elevemos nossas preces ao Pai, que cuida de nós, que somos os ramos da sua vinha, a fim de que possamos produzir bons frutos para a salvação do mundo.
T. Ajudai-nos, ó Pai, a permanecermos em Cristo.
1. Fortalecei a Santa Igreja, a nova videira do Pai, para que em Cristo dê frutos para o Reino.
2. Socorrei os ramos da vinha do Senhor que estão se perdendo por se afastarem de Cristo.
3. Purificai os nossos corações de todo o pecado, para que sejamos ramos frutíferos da vinha, que é Cristo.
4. Iluminai a Região Episcopal Ipiranga, que realizará a peregrinação à Catedral da Sé, no próximo domingo.
5. Ajudai-nos no compromisso de discípulos-missionários de Jesus Cristo.
6. Fazei-nos mais empenhados com a causa dos que mais sofrem.
(Preces da comunidade)
P. Tudo isso nós vos pedimos, ó Pai, por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
13. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS
(CD X Fx12)
Cristo ressuscitou, * o sertão se abriu em flor, * da pedra água saiu, * era noite e o sol surgiu, * Glória ao Senhor!
1. Vocês que tristes estão, * que gemem sob a dor, * na dor de sua paixão, * Deus se irmanou.
2. Vocês que pobres são, * que temem o opressor, * por sua ressurreição, * Deus nos livrou.

14. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
P. Orai, irmãos e irmãs...
T. Receba o Senhor ...
P. Ó Deus, que, pelo sublime diálogo deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema divindade, concedei que, conhecendo vossa verdade, lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.

15. ORAÇÃO EUCARÍSTICA III
(Pref. Páscoa IV MR, p. 424)

P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Senhor,nosso Deus.
T. É nosso dever e nossa salvação.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, mas sobretudo neste tempo solene em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Vencendo a corrupção do pecado, realizou uma nova criação. E, destruindo a morte, garantiu-nos a vida em plenitude. Unidos à multidão dos anjos e dos santos, transbordando de alegria pascal, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz:
T. Santo, Santo, Santo...
Na verdade, vós sois santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito.
T. Santificai e reuni o vosso povo!
CC. Por isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e V o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este mistério.
T. Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Na noite em que ia ser entregue, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
T. Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
CC. Celebrando agora, ó Pai, a memória do vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu, e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós vos oferecemos em ação de graças este sacrifício de vida e santidade.
T. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Olhai com bondade a oferenda da vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos reconcilia convosco e concedei que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito.
T. Fazei de nós um só corpo e um só espírito!
1C. Que ele faça de nós uma oferenda perfeita para alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus, os vossos Apóstolos e Mártires, São Paulo, patrono da nossa Arquidiocese, N. e todos os santos, que não cessam de interceder por nós na vossa presença.
T. Fazei de nós uma perfeita oferenda!
2C. E agora, nós vos suplicamos, ó Pai, que este sacrifício da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja, enquanto caminha neste mundo: o vosso servo o Papa Bento, o nosso bispo Odilo, com os Bispos do mundo inteiro, o clero e todo o povo que conquistastes.
T. Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Atendei às preces da vossa família, que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós, Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro.
T. Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
3C. Acolhei com bondade no vosso reino os nossos irmãos e irmãs que partiram desta vida e todos os que morreram na vossa amizade. Unidos a eles, esperamos também nós saciar-nos eternamente da vossa glória, por Cristo, Senhor nosso.
T. A todos saciai com vossa glória!
Por ele dais ao mundo todo bem e toda graça.
CP ou CC. Por Cristo, ...
T. Amém.
16. PAI NOSSO
P. Obedientes à palavra do Salvador e formados por seu divino ensinamento, ousamos dizer:
T. Pai nosso...
P. Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T. Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre.
P. Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima a vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
T. Amém.
P. A paz do Senhor esteja sempre convosco.
T. O amor de Cristo nos uniu.
P. Irmãos e irmãs, saudai-vos em Cristo Jesus.
T. Cordeiro de Deus...
P. Eu sou o Pão vivo, que desceu do céu; se alguém come deste Pão, viverá eternamente. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
T. Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).

17. CANTO DE COMUNHÃO (CD X fx 13)
Eu sou a videira, meu Pai é o agricultor. * Vós sois os ramos, permanecei no meu amor!
1. Para dar muito fruto: permanecei no meu amor. * Para dar amor puro: permanecei no meu amor. * Como ramos ao tronco: permanecei em mim!
2. Para amar sem medidas: permanecei no meu amor. * Para dar vossas vidas: permanecei no meu amor. * Para ser meus amigos: permanecei em mim!
3. Para ver o caminho: permanecei no meu amor. * Para ver a verdade: permanecei no meu amor. * Para ter sempre vida: permanecei em mim!
4. Para ser sal da terra: permanecei no meu amor. * Para ser luz do mundo: permanecei no meu amor. * Para ser testemunhas: permanecei em mim!
5. Se vos dobra a tristeza: permanecei no meu amor. * Se amargo é o pranto: permanecei no meu amor. * Se inquieta a tentação: permanecei em mim!
6. Quando a noite é longa: permanecei no meu amor. * Quando não há estrelas: permanecei no meu amor. * Se a morte vos chega: permanecei em mim!
7. Quando a estrada é difícil: permanecei no meu amor. * Quando o passo é impossível: permanecei no meu amor. * Quando treme a esperança: permanecei em mim!
8. Sem cansar ou desanimar: permanecei no meu amor. * Sem amarras a segurar: permanecei no meu amor. * Sem temor, sempre a cantar: permanecei em mim!

18. ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.

19. ORAÇÃO ao Nosso Patrono
T. Ó São Paulo, /Patrono de nossa Arquidiocese, /discípulo e missionário de Jesus Cristo:/ ensina-nos a acolher a Palavra de Deus / e abre nossos olhos à verdade do Evangelho./ Conduze-nos ao encontro com Jesus, / contagia-nos com a fé que te animou/ e infunde em nós coragem e ardor missionário, / para testemunharmos a todos / que Deus habita esta Cidade imensa /e tem amor pelo seu povo! /Intercede por nós e pela Igreja de São Paulo, / ó santo apóstolo de Jesus Cristo! Amém

20. BÊNÇÃO E DESPEDIDA MR p. 523

21. CANTO FINAL (HL2 p, 130 - VC 185 CO 275)
Cristo venceu, aleluia. Ressuscitou, aleluia. O Pai lhe deu glória e poder, eis nosso canto aleluia.
1.Este é o dia em que o amor venceu. Brilhante luz iluminou as trevas. Nós fomos salvos para sempre.
2.Suave aurora veio anunciando que nova era foi inaugurada. Nós fomos salvos para sempre.
3. No coração de todo homem nasce a esperança de um novo tempo. Nós fomos salvos para sempre.

Músicas: Hinário Litúrgico 2; CD Liturgia X - Paulus; Cantos e Orações
LEITURAS DA SEMANA: de 11 a 17 de maio de 2009

l2ª- At 14, 5-18; Sl 113b (115), 1-2. 3-4. 15-16 (R/. 1); Jo 14, 21-26
l3ª- At 14, 19-28; Sl 144 (145), 10-11. 12-13ab. 21 (R/. cf. 12a); Jo 14, 27-31a
l4ª- At 15, 1-6; Sl 121 (122), 1-2. 3-4a.4b-5 (R/. cf. 1); Jo 15, 1-8 Ou prs. da memória: Is 61, 9-11Sl 44(45), 11-12. 14-15. 16-17 (R/. 11a)Lc 11, 27-28
l5ª- At 1,15-17.20-26; Sl 112(113), 12.3-4.5-6.7-8 (R/. cf. 8); Jo 15,9-17
l6ª- At 15, 22-31; Sl 56 (57), 8-9. 10-12 (R/. 10a); Jo 15, 12-17
lSáb- At 16, 1-10; Sl 99 (100), 2. 3. 5 (R/. 2a); Jo 15, 18-21
l6º DOM. DA PÁSCOA.At 10,25-26.34-35.44-48; Sl 97(98),1.2-3ab.3cd e 4; 1Jo 4,7-10; Jo 15,9-17

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O LEITOR


O leitor é um membro da comunidade a quem foi confiado o serviço de aprofundar e detectar o dinamismo, o mistério e a força da Palavra de Deus, para poder proclamá-la na assembléia litúrgica. O leitor cristão deve sentir-se responsável pela Palavra que proclama na assembléia, para a edificação da comunicação.O serviço comunitário de leitor na celebração tem uma importância particular, em virtude da própria realidade da Palavra. Para transformar-se em acontecimento salvífico, esta última precisa ser anunciada por alguém. O leitor, como “homem da palavra”, como profeta, imprime vida à palavra escrita na Bíblia, a fim de que possa ser escutada e acolhida pela assembléia como Palavra de Deus.O leitor, por assim dizer, é uma pessoa simbólica-sacramental. Ele anuncia a Palavra em nome de que um dia a pronunciou, suscitando a vida nova: “sua missão é tornar presente Jesus Cristo, ser profeta e pregador deste e anunciar a Boa Nova aos irmãos e irmãs que escutam sua Palavra e louvam o Pai”. A proclamação da palavra na assembléia litúrgica é sempre uma realidade densa da presença atual do Ressuscitado. É Cristo vivo que, pela voz do leitor, convida os ouvintes a viver o memorial de sua vida, morte e ressurreição, com vistas à conversão e à salvação.Para que a assembléia tenha um vivido amor pela Sagrada Escritura, mediante a escuta das leituras, torna-se necessário um bom desempenho do ministério de leitor, fruto de uma esmerada preparação espiritual, bíblica e litúrgica.A instrução bíblica deve ter como objetivo capacitar os leitores a perceber o sentimento das leituras em seu próprio contexto e a entender à luz da fé o núcleo central da mensagem revelada. A instrução litúrgica deve facilitar aos leitores certa percepção do sentido e da estrutura da liturgia da palavra e as razões da conexão entre liturgia da palavra e liturgia eucarística.Além disso, há preparação técnica, que tem como objetivo: “fazer que os leitores fiquem cada dia mais aptos para a arte de ler diante do povo, seja de viva voz, seja com a ajuda dos modernos instrumentos de amplificação de voz”.É inconcebível uma proclamação da Palavra de Deus sem entusiasmo, autoconsciência ou uma convicção que proceda do coração. O pregador da Boa Nova na liturgia não pode ter a postura de um leitor de jornal ou de um funcionário público que lê um decreto. Pode ocorrer até de uma pessoa fazer uma perfeita leitura do texto bíblico, sem estar convencida do que está lendo. Espera-se do ministro da Palavra de Deus uma atuação espiritual, isto é, animada pela força que vem de dentro, do coração, própria de quem se sente tocado pela palavra que pronuncia. O leitor litúrgico que não transmite vibração nem convicção à assembléia dá mostras de um desempenho deficiente de seu ministério.Por outro lado, quem proclama a Palavra de Deus deve ter consciência de anunciar sempre uma Boa Nova. Dessa forma, seu rosto, sua voz, sua postura e tudo nele deve expressar essa feliz novidade. Quando a Palavra é proclamada com os sentimentos que correspondem à sua mensagem (alegria, esperança, tristeza, ameaça), abre-se o caminho para compreensão e a vivência do mistério anunciado.

* TÉCNICAS DE LEITURA - Além de saber da importância da proclamação da Palavra e das condições interiores do leitor, é necessário que este se esforce por adquirir uma adequada competência técnica, com o fim de aprender a usar corretamente a própria voz e, portanto, favorecer a transmissão da mensagem que é chamado a anunciar através da comunicação oral, isto é, a Palavra de Deus. Portanto, a técnica, isto é, o modo de ler e de interpretar o texto não é um algo a mais ou um luxo: é, ao invés, a primeira condição para que suscite um mínimo de interesse e de escuta.Os princípios e as condições fundamentais que são necessários conhecer e colocar em prática podemos resumir em oito pontos.
A) A RESPIRAÇÃO - É muito importante aprender a efetuar uma respiração correta, ou seja, abdominal e não somente torácica (coisa que se obtém fazendo amplo uso do diafragma), e suficientemente profunda. Somente assim se consegue a emitir uma voz válida seja qualitativamente que quantitativamente.
B) A VOZ - Com uma correta respiração, se pode utilizar melhor as possibilidades do aparato vocal. Cada um precisa descobrir em qual registro sua voz sai mais naturalmente: aguda, média ou grave. É claro que somente através de uma série de exercícios específicos se pode obter resultados apreciáveis.
C) AS PAUSAS - Saber fazer as pausas no momento justo e no modo justo é condição indispensável a fim de que quem escuta entenda aquilo que está sendo lido. Preparar uma leitura significa, portanto, antes de tudo, individuar as pausas que devam ser feitas, seja aquelas sintáticas (as que vem estabelecidas pela pontuação) seja aquelas “expressivas” (que são conforme o leitor e contribuem para adquirir a justa interpretação à leitura), distinguindo entre aquelas longas e aquelas breves.
D) O RITMO - A maior parte dos leitores lêem muito rápido: a velocidade com a qual se lê deve ser decisivamente mais lenta que na comum conversação, porque necessita deixar o tempo às palavras não somente de ser pronunciadas, mas, sobretudo, de ser entendida. Além disto, a velocidade deve variar segundo o gênero literário do texto que se lê. Em cada caso o ritmo da frase deve ser fluente e uniforme, não a toda pressa.
E) O VOLUME - A leitura em público requer que se fale com um volume mais alto daquele que se usaria na conversa habitual, ainda que tenha um microfone; por outra parte, em público precisa sempre falar dirigindo-se às pessoas que estão mais distante.
F) A ENTONAÇÃO - Um defeito muito comum é a leitura feita com uma entonação não natural. Precisa, em vez, ler sempre com uma entonação cômoda, isto é, nem muito alta nem muito baixa, dando atenção para alguns erros muito comuns, que muito contribuem para uma leitura cansativa e incompreensível: evitar a cantoria, especialmente na leitura dos salmos, cânticos, hinos, etc.; recordar-se de abaixar o tom para evidenciar os incisos e as frases afirmativas (muito comuns, por exemplo nas cartas de Paulo); nas frases interrogativas, evitar de cair o acento interrogativo sobre a última palavra, apesar que deve cair sobre o verbo principal; não deixar cair a entonação da voz ao final da frase.
G) A EMOÇÃO - Não se pode omitir de dar emoção ao interpretar a leitura, mas precisa faze-la com extremo senso de medida. Não se deve ler de modo chato como se não nos interessasse aquilo que lemos, antes, devemos colocar todo nosso ímpeto, o nosso entusiasmo, a nossa alegria de anunciador da Palavra. Mas não se deve nem mesmo exceder na emoção nem “dramatizar” por causa do medo de ser monótono ou por desejar dar uma interpretação muito pessoal: não devemos esquecer que a Palavra que lemos é de Deus, não nossa.
H) A ARTICULAÇÃO - É sem dúvida o aspecto técnico mais complexo e mais difícil de realizar e é por este motivo que é oportuno preocupar-se antes de tudo de colocar em prática as lições enumeradas nos pontos precedentes. Isto não significa que não seja importante estudar este ponto, isto é a pronúncia correta seja das vogais que as consoantes.
I) O MICROFONE - Uma vez que quase não existem mais igrejas sem som, é indispensável saber usar bem o microfone, isto é, desfrutar o máximo a sua potencialidade, evitando que se torne um instrumento de tortura para a assembléia. Algumas regras práticas: antes de iniciar a ler, regular sempre o microfone mais ou menos à altura da boca, porém uns vinte centímetros distante da boca (esta distância pode ser variada pela qualidade do microfone, da voz, ou se quiser dar um destaque na leitura); não falar exatamente em direção do microfone, mas ligeiramente colocado ao lado, a fim de evitar os rumores desagradáveis que se produzem quando se pronunciam no microfone as consoantes explosivas (p e b) e aquelas sibilantes (s e z); se for necessário falar e cantar junto com a assembléia necessita faze-lo soto-voz para não cobrir a assembléia mesma.
3) EM FRENTE DA ASSEMBLÉIA -
*No momento de proclamar a leitura, suba ao ambão com tranqüilidade.
* Coloque-se em pé, com a cabeça erguida: as costas retas para poder respirar melhor; as mãos no ambão com o Livro. Onde houver microfone, veja se está ligado e se está na altura e na distância certa.
* Olhe para a assembléia, “reúna”, “chame” o povo com o olhar...; jogue como que uma ponte até as últimas fileiras; estabeleça contato. Tudo isto em silêncio. (É o silêncio que valoriza a palavra). Não olhe com cara feia, mas deixe que o seu rosto exprima um pouco os sentimentos do Senhor Jesus para com o seu povo.
* Faça a leitura, de maneira calma e pausada, com dicção clara, e observando tudo o que ficou dito acima. Não perca o contato com a assembléia.* No final da leitura, aguarde a resposta da assembléia e depois, tranqüilamente, deixe o ambão e volte a seu lugar.

domingo, 26 de abril de 2009

LITURGIA DO 3º DOMINGO DA PÁSCOA


Anim. Neste encontro dominical e pascal com Jesus, como os discípulos de Emaús e seus companheiros, acolhamos o Ressuscitado, que nos vem conceder a paz e abrir nosso coração à inteligência das Escrituras. Rezemos, em comunhão com a Região Episcopal Lapa, que hoje realiza a peregrinação à catedral da Sé, cumprindo mais uma etapa da programação do ano paulino. Ainda, no contexto do ano paulino, rezemos também pela romaria arquidiocesana a Aparecida, no próximo domingo, e preparemo-nos para este grande evento de piedade mariana e de compromisso com ideais do Apóstolo dos povos e Patrono da nossa Igreja local.


1. ABERTURA (HL 2 p.175 - CD X Fx1)
O Senhor ressurgiu, ale­luia, aleluia! É o Cordei­ro pascal, aleluia, aleluia! Imolado por nós, aleluia, aleluia! É o Cristo, Senhor, ele vive e venceu, ale­luia!
1. O Cristo Senhor ressuscitou, a nossa esperança realizou; vencida a morte para sempre, triunfa a vida eternamente!
2. O Cristo remiu a seus irmãos, ao Pai os conduziu por sua mão; no Espírito Santo unida esteja a família de Deus, que é a Igreja!
3. O Cristo, nossa Páscoa, se imolou, seu sangue da morte nos livrou; incólumes o mar atraves­sa­mos, e à Terra Prometida cami­nha­mos!

2. SAUDAÇÃO

3. ATO PENITENCIAL
P.
No dia em que celebramos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte, também nós somos convidados a morrer ao pecado e ressurgir para uma vida nova. Reconheçamo-nos necessitados da misericórdia do Pai.
(Silêncio)
P. Senhor, que sois o eterno sacerdote da nova Aliança tende piedade de nós.
T.
Senhor, tende piedade de nós.
P. Cristo, que nos edificais como pedras vivas no templo santo de Deus, tende piedade de nós.
T.
Cristo, tende piedade de nós.
P. Senhor, que nos tornais concidadãos dos santos no reino dos céus, tende piedade de nós.
T.
Senhor, tende piedade de nós.
P. Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
T.
Amém.
4. HINO DE LOUVOR (CO 915)
1. Glória a Deus nos altos céus, paz na terra a seus amados, a vós louvam, Rei celeste, os que foram libertados.
Glória a Deus lá nos céus, e paz aos seus. Amém!
2. Deus e Pai, nós vos louvamos, adoramos, bendizemos; damos glória ao vosso nome, vossos dons agradecemos!
3. Senhor nosso, Jesus Cristo, Unigênito do Pai, vós de Deus Cordeiro santo, nossas culpas perdoai!
4. Vós que estais junto do Pai, como nosso intercessor, acolhei nossos pedidos, atendei nosso clamor!
5. Vós somente, sois o santo, o Altíssimo, o Senhor, com o Espírito divino de Deus Pai no esplendor! Amém.

5. ORAÇÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, que o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual, para que, tendo recuperado agora com alegria a condição de filhos de Deus, espere com plena confiança o dia da ressurreição. Por N.S.J.C.
T. Amém.
Anim.
O Ressuscitado abre a inteligência dos discípulos para compreenderem as Escrituras, segundo as quais, onde há conversão e perdão, pode-se comprovar o triunfo pascal de Jesus. Abramos os ouvidos para escutar a Palavra:

6. PRIMEIRA LEITURA (At 3,13-15.17-19)
Leitura dos Atos dos Apóstolos
Naqueles dias,
Pedro se dirigiu ao povo, dizendo:
13”O Deus de Abraão, de Isaac, de Jacó,
o Deus de nossos antepassados
glorificou o seu servo Jesus.
Vós o entregastes e o rejeitastes diante de Pilatos,
que estava decidido a soltá-lo.
14Vós rejeitastes o Santo e o Justo,
e pedistes a libertação para um assassino.
15Vós matastes o autor da vida,
mas Deus o ressuscitou dos mortos,
e disso nós somos testemunhas.
17E agora, meus irmãos,
eu sei que vós agistes por ignorância,
assim como vossos chefes.
18Deus, porém, cumpriu desse modo
o que havia anunciado pela boca de todos os profetas:
que o seu Cristo haveria de sofrer.
19Arrependei-vos, portanto, e convertei-vos,
para que vossos pecados sejam perdoados”.
– Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.


7. SALMO RESPONSORIAL Sl 4
(HL 2 p, 75 CD X Fx2)
Sobre nós fazei brilhar o esplendor * de vossa face, ó Deus do universo!
1. Quando eu chamo, respondei-me, * ó meu Deus, minha justiça! * Vós que soubestes aliviar-me * nos momentos de aflição, * atendei-me por piedade * e escutai minha oração!
2. Compreendei que nosso Deus * faz maravilhas por seu servo * e que o Senhor me ouvirá, * quando lhe faço minha prece.
3. Muitos há que se perguntam: * “Quem nos dá felicidade?” * Sobre nós fazei brilhar * o esplendor de vossa face!
4. Eu tranqüilo vou deitar-me * e na paz logo adormeço, * pois só vós, ó Senhor Deus, * dais segurança à minha vida!

8. SEGUNDA LEITURA (1Jo 2,1-5)
Leitura da Primeira Carta de João

1Meus filhinhos,
escrevo isto para que não pequeis.
No entanto, se alguém pecar,
temos junto do Pai um Defensor:
Jesus Cristo, o Justo.
2Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados,
e não só pelos nossos,
mas também pelos pecados do mundo inteiro.
3Para saber que o conhecemos,
vejamos se guardamos os seus mandamentos.
4Quem diz: “Eu conheço a Deus”,
mas não guarda os seus mandamentos,
é mentiroso, e a verdade não está nele.
5Naquele, porém, que guarda a sua palavra,
o amor de Deus é plenamente realizado.
- Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus.

9. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
(CD X Fx 3)

Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia! * Aleluia, aleluia, aleluia, aleluia!
Senhor, Jesus, revelai-nos o sentido da Escritura, * fazei o nosso coração arder, * quando nos falardes!

10. EVANGELHO (Lc 24,35-48)
P.
O Senhor esteja convosco.
T.
Ele está no meio de nós.
P. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas
T.
Glória a vós, Senhor.
P. Naquele tempo,
35os dois discípulos contaram
o que tinha acontecido no caminho,
e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
36Ainda estavam falando,
quando o próprio Jesus apareceu no meio deles
e lhes disse:
“A paz esteja convosco!”
37Eles ficaram assustados e cheios de medo,
pensando que estavam vendo um fantasma.
38Mas Jesus disse:
“Por que estais preocupados,
e por que tendes dúvidas no coração?
39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo!
Tocai em mim e vede!
Um fantasma não tem carne nem ossos,
como estais vendo que eu tenho”.
40E dizendo isso,
Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés.
41Mas eles ainda não podiam acreditar,
porque estavam muito alegres e surpresos.
Então Jesus disse:
“Tendes aqui alguma coisa para comer?”
42Deram-lhe um pedaço de peixe assado.
43Ele o tomou e comeu diante deles.
44Depois disse-lhes:
“São estas as coisas que vos falei
quando ainda estava convosco:
era preciso que se cumprisse tudo
o que está escrito sobre mim
na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos
para entenderem as Escrituras,
46e lhes disse:
“Assim está escrito:
‘O Cristo sofrerá
e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia
47e no seu nome, serão anunciados
a conversão e o perdão dos pecados
a todas as nações começando por Jerusalém’.
48Vós sereis testemunhas de tudo isso”.
– Palavra da salvação.
T. Glória a vós, Senhor.


11. PROFISSÃO DE FÉ
P.
Creio em Deus Pai todo-poderoso,
T.
Criador do céu e da terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; que foi concebido pelo poder do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.

12. ORAÇÃO DOS FIÉIS
P.
Invoquemos a Deus Pai, iluminados pelo mistério pascal de Cristo, rezando juntos:
T.
Dai-nos, Senhor, a inteligência da fé e um coração de discípulos!
1. Pai Santo, iluminai a Igreja, para que se abra sempre mais à inteligência da fé e à compreensão das Escrituras.
2. Fortalecei a Igreja de São Paulo, por meio do Décimo Plano de Pastoral, na sua missão de suscitar discípulos-missionários de Jesus Cristo.
3. Olhai a Região Episcopal Lapa, que peregrina hoje rumo à Catedral da Sé, onde está a imagem do nosso Padroeiro, São Paulo.
4. Animai as comunidades da nossa Arquidiocese para a Romaria ao Santuário de Aparecida, no próximo domingo.
5. Olhai todas as vítimas da violência, entre as quais se ressaltam hoje os desempregados.
6. Protegei os fracos e os indefesos e dai-nos a coragem da solidariedade.
(Preces da comunidade)
P. Tudo isso nós vos pedimos, ó Pai, por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.

13. APRESENTAÇÃO DAS OFERENDAS
(HL2, p. 122 -Fx6)
1. Bendito sejas, ó Rei da glória! Ressuscitado, Senhor da Igreja! Aqui trazemos as nossas ofer­tas.
Vê com bons olhos nossas humildes ofertas. * Tudo o que temos seja para ti, ó Senhor!
2. Vidas se encontram no altar de Deus, gente se doa, dom que se imola. Aqui trazemos as nossas ofertas.
3. Irmãos da terra, irmãos do céu, juntos cantemos glória ao Senhor. Aqui trazemos as nossas ofertas.

14. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
P.
Orai, irmãos e irmãs...
T.
Receba o Senhor ...
P. Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa Igreja em festa. Vós que sois a causa de tão grande júbilo, concedei-lhe também a eterna alegria. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.

15. ORAÇÃO EUCARÍSTICA III
(Prefácio.Pascal III p.423)
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
T. É nosso dever e nossa salvação.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo o lugar, mas sobretudo neste tempo solene em que Cristo, nossa Páscoa, foi imolado. Ele continua a oferecer-se pela humanidade, e junto de vós é nosso eterno intercessor. Imolado, já não morre; e, morto, vive eternamente. Unidos à multidão dos anjos e dos santos, transbordando de alegria pascal, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz:
T. Santo, Santo, Santo...
Na verdade, vós sois santo, ó Deus do universo, e tudo o que criastes proclama o vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e não cessais de reunir o vosso povo, para que vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-do-sol, um sacrifício perfeito.
T. Santificai e reuni o vosso povo!
CC. Por isso, nós vos suplicamos: santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos para serem consagradas, a fim de que se tornem o Corpo e V o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que nos mandou celebrar este mistério.
T. Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Na noite em que ia ser entregue, ele tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
T. Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!
CC. Celebrando agora, ó Pai, a memória do vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu, e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós vos oferecemos em ação de graças este sacrifício de vida e santidade.
T. Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Olhai com bondade a oferenda da vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos reconcilia convosco e concedei que, alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só espírito.
T. Fazei de nós um só corpo e um só espírito!
1C. Que ele faça de nós uma oferenda perfeita para alcançarmos a vida eterna com os vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus, os vossos Apóstolos e Mártires, São Paulo, patrono da nossa Arquidiocese, N. e todos os santos, que não cessam de interceder por nós na vossa presença.
T. Fazei de nós uma perfeita oferenda!
2C. E agora, nós vos suplicamos, ó Pai, que este sacrifício da nossa reconciliação estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro. Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja, enquanto caminha neste mundo: o vosso servo o Papa Bento, o nosso bispo Odilo, com os Bispos do mundo inteiro, o clero e todo o povo que conquistastes.
T. Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Atendei às preces da vossa família, que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós, Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e filhas dispersos pelo mundo inteiro.
T. Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
3C. Acolhei com bondade no vosso reino os nossos irmãos e irmãs que partiram desta vida e todos os que morreram na vossa amizade. Unidos a eles, esperamos também nós saciar-nos eternamente da vossa glória, por Cristo, Senhor nosso.
T. A todos saciai com vossa glória!
Por ele dais ao mundo todo bem e toda graça.
CP ou CC. Por Cristo, ...
T. Amém.

16. PAI NOSSO

17. CANTO DE COMUNHÃO(CD X fx 10)
1. Andavam pensando, tão tristes, * de Jerusalém a Emaús, * os dois seguidores de Cristo, * logo após o episódio da cruz. * Enquanto assim vão conversando, * Jesus se achegou devagar: * “De que vocês vão palestrando?” * E ao Senhor não puderam enxergar.
Fica conosco, Senhor, * É tarde e a noite já vem! * Fica conosco, Senhor * somos teus seguidores também!
2. Não sabes então, forasteiro, * aquilo que aconteceu? * Foi preso Jesus Nazareno, * Redentor que esperou Israel. * Os chefes a morte tramaram * do santo profeta de Deus; * O justo foi crucificado, * a esperança do povo morreu.
3. Três dias enfim se passaram, * foi tudo uma doce ilusão; * um susto as mulheres pregaram: * não encontraram seu corpo mais, não. * Disseram que ele está vivo, * que disso souberam em visão. * Estava o sepulcro vazio, * mas do mestre ninguém sabe não.
4. Jesus foi então relembrando: * pro Cristo na glória entrar, * profetas já tinham falado, * sofrimentos devia enfrentar. * E pelo caminho afora * ardia-lhes o coração: * Falava-lhes das escrituras, * explicando a sua missão.
5. Chegando, afinal, ao destino, * Jesus fez que ia passar, * mas eles demais insistiram: * “Vem Senhor, vem conosco ficar!” * Sentado com eles à mesa, * deu graças e o pão repartiu; * dos dois foi tão grande a surpresa: * “Jesus Cristo, o Senhor ressurgiu”.

18. ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
P. Oremos (silêncio): Ó Deus, olhai com bondade o vosso povo e concedei aos que renovastes pelos vossos sacramentos a graça de chegar um dia à glória da ressurreição da carne. Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.

19. BÊNÇÃO E DESPEDIDA MR p. 523
P. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
P. Deus, que pela ressurreição do seu Filho único vos deu a graça da redenção e vos adotou como filhos e filhas, vos conceda a alegria de sua bênção.
T. Amém.
P. Aquele que, por sua morte, vos deu a eterna liberdade, vos conceda, por sua graça, a herança eterna.
T. Amém.
P. E, vivendo agora retamente, possais no céu unir-vos a Deus, para o qual, pela fé, já ressuscitastes no batismo.
T. Amém.
P. Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho V e Espírito Santo.
T. Amém.
P. Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
T. Amém.

20. CANTO FINAL (CO 275)
Cristo venceu, aleluia. Ressuscitou, aleluia. O Pai lhe deu glória e poder, eis nosso canto aleluia.
1.Este é o dia em que o amor venceu. Brilhante luz iluminou as trevas. Nós fomos salvos para sempre.
2.Suave aurora veio anunciando que nova era foi inaugurada. Nós fomos salvos para sempre.
3. No coração de todo homem nasce a esperança de um novo tempo. Nós fomos salvos para sempre.

Músicas: Hinário Litúrgico(HL) 2 ; CD Liturgia X - Paulus; Cantos e Orações- Ed. Vozes
LEITURAS DA SEMANA: de 27 de Abril a 3 de Maio de 2009

l2ª - At 6, 8-15; Sl 118 (119), 23-24. 26-27. 29-30 (R/. 1b); Jo 6, 22-29
l3ª -: At 7, 51 – 8, 1ª; Sl 30 (31), 3cd-4. 6ab e 7b e 8a. 17 e 21ab (R/. 6a); Jo 6, 30-35
l4ª -. At 8,1b-8; Sl 65(66),1-3a.4-5.6-7a (R/. 1); Jo 6,35-40
l5ª - At 8, 26-40; Sl 65 (66), 8-9. 16-17. 20 (R/. 1); Jo 6, 44-51
l6ª -: At 9, 1-20; Sl 116 (117), 1. 2 (R/. Mc 16, 15); Jo 6, 52-59
lSáb. At 9, 31-42; Sl 115 (116B), 12-13. 14-15. 16-17 (R/. 12); Jo 6, 60-69
l4o DOM. DA PÁSCOA. At 4,8-12; Sl 117(118),1.8-9.21-23.26.28cd.29 (R/. 22); 1Jo 3,1-2; Jo 10,11-18

sábado, 25 de abril de 2009

O EVANGELIÁRIO - Cristo presente em Sua Palavra


O Evangeliário é a compilação dos Evangelhos proclamados na Assembleia Dominical e nas grandes celebrações do Ano Litúrgico. Corresponde, assim, à Palavra do Senhor em meio ao seu povo, Palavra que anima Seu Corpo, a Igreja.
Nem sempre esteve presente nas ações litúrgicas e apenas recente e acanhadamente vem sendo usado, sobretudo após o Concílio Ecumênico Vaticano II.
Por ser uma peça do Culto Divino, como o Cálice e a Patena, sempre teve uma capa artisticamente trabalhada. Às vezes, com incisões em ouro e prtas e pedras preciosas; outras vezes, uma capa com bordado ou pintura ou esmalte ou, ainda, outro trabalho em couro; porém, sempre com a face do Cristo, ou o Pantocrator ou outra obra concernente ou Mistério Pascal.
O Evangeliário foi publicado em 1963, por ocasião da abertura do Concílio Ecumênico Vaticano II, pela Biblioteca Apostólica Vaticana, com dedicatória a João XXIII. Por muito tempo, foi esquecido pelos católicos latinos, mas sempre esteve presente nas Igrejas Orientais.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

OS CANTOS NA MISSA

Entrada - Este deve ser um canto de procissão do celebrante até o altar, que estimule a assembléia a participar da celebração com alegria e sentir que não só o sacerdote sobe ao altar, mas Deus que toma conta de toda a Igreja e deve terminar assim que o celebrante estiver pronto para a saudação inicial. Fiquem atentos!

Ato penitencial - Este canto deve ser breve, não demorado. Deve haver a fórmula SENHOR TENDE PIEDADE DE NÓS! CRISTO TENDE PIEDADE DE NÓS!
Ex: Senhor, que vieste chamar os pecadores humilhados!
PIEDADE, PIEDADE, PIEDADE DE NÓS!
Ó Cristo que viste salvar, os corações arrependidos!
Senhor que intercedeis por nós junto a Deus Pai que nos perdoa!

Glória - O glória, é um canto cristológico, não trinitário. É um canto que os anjos cantaram dando glória a Deus pelo nascimento de Cristo. Nunca deve ser substituido por HINO DE LOUVOR, tipo: GLÓRIA, GLÓRIA, ALELUIA! GLÓRIA, GLÓRIA ALELUIA! GLÓRIA, GLÓRIA ALELUIA, LOUEMOS AO SENHOR!
Deve conter a formula liturgica. Por exemplo:
1 - Glória a Deus nos altos céus, paz na terra aos seus amados, a vós louvam Pai Celeste os que foram libertados.
GLÓRIA A DEUS LÁ NOS CÉUS E PAZ AOS SEUS. AMÉM!...

Salmo - O salmo é a resposta da primeira leitura, nunca poderá ser substituido por outro canto. Seria melhor que fosse sempre cantado, se não for possivel pode ser rezado. É proclamado pelo salmista do Ambão, com o refrão cantado pelo povo.

Canto de Aclamação - Deve ser cantado com alegria e entusiasmo, cantado o ALELUIA com entonação, e as estrofes são frases tiradas do evangelho a ser proclamado.

Canto para a apresentação das oferendas - e não do ofertório, pois o verdadeiro ofertório da Missa se encontra inserido na Oração Eucarística, após a consagração, quando o próprio Cristo é oferecido ao Pai, - acompanha a procissão das oferendas e se prolonga pelo menos até que tenham sido postas sobre o altar." Pede-se, portanto, que o canto seja mais para bendizer do que para ofertar. Ex.: Bendito seja o nome do Senhor agora e sempre e por toda a eternidade.

Santo - Este é um dos cantos mais importantes da missa, pois exalta a santidade do nosso Deus e relembra "aquele domingo" quando Jesus era recebido com louvores, palmas, cantos e ramos em Jerusalém e gritos de "HOSANA AO FILHO DE DAVI!". Não deve ser substituido por outro canto, ele deve sonter a formula que o Missal Romano nos apresenta:
- SANTO, SANTO, SANTO SENHOR DEUS DO UNIVERSO, O CÉU E A TERRA PROCLAMAM A VOSSA GLÓRIA, HOSANA NAS ALTURAS! BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR, HOSANA NAS ALTURAS!

Amém - Vem após a doxologia que só é rezada pelo celebrante (muitas pessoas acham, erradamente, que é bonito rezar com o padre!) e deve ser bastante animado ao som de todos os instrumentos, cantado por toda a assembléia.

Cordeiro de Deus - Se estiver de acordo com a aprovação do celebrante, o Cordeiro de Deus pode ser cantado como um findo suave de reverência e respeito. Lembre-se que este canto não faz parte do canto do Abraço de Paz e deve ser executado a partir do canto Cordeiro de Deus, já nos preparando para a comunhão.

Comunhão - Este canto deve ser cantado por toda comunidade, seria melhor que a sua letra contesse frases do evangelho proclamado, como nos mostra o Hinário Litúrgico, pois assim a assembléia comunga o corpo de Cristo relembrando o que foi lido no evangelho.